Ubiratanense de 15 anos representou o Paraná no Programa Jovem Senador

Na última semana, uma jovem e sorridente ubiratanense colocou o município em evidência nacional, ao ser escolhida a representante do Paraná na 11ª edição do Programa Jovem Senador. Yazigi Cristine Comitre de Carvalho e outros 26 jovens (cada um representando uma unidade da federação)tomaram posse na terça-feira (20) no Plenário do Senado. A sessão plenária final do programa aconteceu na sexta-feira (23) à noite e foi transmitida ao vivo pela TV Senado.

YAZIGI É ESTUDANTE DO COLÉGIO ESTADUAL CECÍLIA MEIRELES

Durante toda a semana, eles vivenciaram o trabalho dos parlamentares em Brasília. Para ser escolhida, Yazigi participou de uma seletiva onde cada um dos concorrentes escreveu uma redação de tipologia textual dissertativa-argumentativa, dentro do tem “A Constituição Cidadã 30 anos depois” e que continha entre 20 a 30 linhas.

O projeto promove o desenvolvimento de uma consciência cidadã, responsável pela condução de seu próprio destino, e planta nos corações dos participantes a semente da democracia.

A ubiratanense alcançou a vitória no Estado com o apoio irrestrito da professora Ana Graça de Albuquerque que a orientou em todos os passos da construção da redação.

O PROGRAMA – Ao longo da semana, os jovens senadores participaram de diversas atividades, incluindo a discussão e votação de sugestões legislativas. Desde 2011, os participantes do projeto já apresentaram 45 sugestões de lei encaminhadas à análise da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), das quais 37 transformaram-se em projetos de lei com tramitação nas duas Casas do Congresso Nacional.

YAZIGI POR ELA MESMA

Gosto de ler, desenhar, confeitar bolos e cupcakes e assistir séries. Meu livro preferido é “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll.

Ainda não tenho ideia formada do que quero fazer após concluir o Ensino Médio. A certeza que tenho é que não pretendo atuar na política.

Acho que é de suma importância que os jovens busquem participar da política através da aquisição de conhecimento e formação de opinião a respeito, uma vez que são esses mesmos jovens que futuramente virão afazer escolhas políticas em conjunto com a sociedade. E, apenas pelo acúmulo de conhecimento eles poderão fazer uma melhor leitura da sociedade, como diz Jostein Gaarde, no livro “O Mundo de Sofia”: “Tudo depende do tipo de lente que você utiliza para ver as coisas”. Pela lente do conhecimento, da educação,poderemos olhar o mundo de uma forma mais positiva.

A minha família foi fundamental na minha formação, pois foia responsável por me orientar em meus primeiros anos de vida e na formação de caráter.

Em minha escola, a redação para o Concurso de Redação do Senado foi incluída como uma atividade avaliativa na matéria de Português. A professora selecionou as redações de cada sala e dessas foram escolhidas duas para serem revisadas para a seleção final.

A PROFESSORA

Ana Graça trabalha com educação há 15 anos, tendo iniciado sua experiência lecionando Língua Portuguesa no Ensino Fundamental II, em escolas da rede privada.

Após dedicar-se alguns anos à Educação Infantil da rede municipal, leciona atualmente Língua Portuguesa na rede estadual e é professora de Educação Especial na APAE.

“Desafiante” e “exitoso” foram os adjetivos utilizados pela professora, ao comentar sua experiência no Projeto Jovem Senador: “apesar do gênero textual ser corrente em meu trabalho, a temática estava muito ligada a questões históricas e sociais”, comenta. Neste ano, o tema “A constituição Cidadã 30 anos depois” exigiu um intenso trabalho de leitura e pesquisa em sala de aula: “o trabalho superou o esperado pelo envolvimento dos alunos durante todo o processo, que incluiu leituras, pesquisas, discussões, palestra”.

Para Ana, “o conhecimento do que a Constituição significa para um Estado e a análise de como a mesma se efetiva é de suprema importância para a formação cidadã de nossos alunos. Entender que direitos e deveres estão relacionados e que a organização dos mesmos em um documento é resultado de lutas e um longo processo burocrático permite que a juventude se emancipe com mais responsabilidade”.

“A classificação trouxe ao ambiente escolar mais crença e entusiasmo para com o trabalho em sala de aula. Quem trabalha em escolas públicas sabe o quanto os esforços são intensos e contínuos. Quando se alcança o reconhecimento é motivo para celebrar, e foi isso que aconteceu em nossa escola. A premiação em um projeto tão significativo como o Jovem Senadora legrou a todos da instituição e incentivou os jovens a participar de projetos com esse enfoque, e o fato tornou-se notícia”, reconhece Ana.

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