IAP pode liberar pesca no Rio Piquiri e afluentes nos próximos dias

O chefe regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em Toledo, Tassiano Cesar Freire Maranhão, disse neste sábado (9) que a pesca no Rio Piquiri deve ser liberada em breve.

Representantes do IAP e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente fizeram um sobrevoo de helicóptero por quase 80 km de extensão do rio e informaram que não foram encontrados mais peixes mortos na região.
                                           

“Graças que não observamos nenhum peixe morto nesse deslocamento. O IAP vem fazendo um trabalho de monitoramento da qualidade físico-química e toxicológica da água e, assim que estes exames forem concluídos e mostrem que não haja nenhum agente contaminante, a pesca deverá ser liberada”, comentou ao adiantar que na próxima semana será feita uma reposição de peixes.
                                           

A pesca na Bacia Hidrográfica do Rio Piquiri, que corta parte das regiões noroeste, oeste, central e sul do estado, está proibida desde o dia 22 de fevereiro.


Segundo o IAP, a proibição de qualquer tipo de pesca – exceto a científica – se deve à morte de cerca de 50 toneladas de peixes, o que vinha ocorrendo desde o início de fevereiro. A medida vale para toda a extensão do Rio Piquiri e afluentes, como Ubiratã, Goioerê, o Cantu e o Melissa.
                                           

“Aparentemente observamos no rio processos erosivos de lavouras em que produtores não conservam as curvas de nível, o que eleva a turbidez da água, com uma alta concentração de nutrientes”, apontou.
                                           

A principal suspeita, afirmou Maranhão na ocasião, era de que devido ao aumento de pescadores amadores nos últimos dez anos possam ter sido usados grãos com agrotóxicos para atrair os peixes.
                                         

 “Devem ter sido grãos como soja e milho, revestidos com agrotóxico. A princípio isso ocasionou a mortandade de parte dos peixes”, explicou na época. Entre as espécies, as mais atingidas foram pacu, piapara e mandi.
Maranhão explicou também que a proibição tem como objetivo garantir a proteção das espécies e evitar o consumo de peixes que podem estar contaminados.

O IAP apontou que o problema, que acreditam ser pontual e localizado, se concentrou no encontro do Rio Cantu com o Piquiri.

(G1 Paraná).

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