Safra de grãos no Paraná deve atingir 23 milhões de toneladas

A safra paranaense de grãos de verão terá um crescimento de 18% com relação ao ano passado e pode chegar a 23,3 milhões de toneladas. A conclusão da semeadura e o restabelecimento das condições de umidade do solo nas duas últimas semanas, com chuvas mais regulares, colaboram para uma safra de verão satisfatória, beneficiando especialmente as culturas da soja e do feijão.

A informação é do Deral (Departamento de Economia Rural) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Entre os destaques estão a estimativa da soja, com área de 5,48 milhões de hectares, e produção de aproximadamente 20 milhões de toneladas.

As lavouras têm boas condições, com crescimento adequado para esta fase do ano. Além disso, há perspectivas positivas também para a cultura do feijão, que pode resultar numa produção aproximadamente 21% maior que no ano passado. Neste período, o Paraná faz as primeiras colheitas, que se intensificam até o final de janeiro.

Já na primeira safra de milho confirma-se a estimativa de 3,1 milhões de toneladas. “A alteração no calendário de plantio da soja pode impactar na área de milho safrinha. Mesmo assim, a produção pode superar 12 milhões de toneladas”, diz o chefe do Deral, Salatiel Turra.

SOJA
Segundo o Deral, registrou-se uma leve redução de 0,4% na estimativa inicial de produção, que ainda pode sofrer alterações, e manutenção de área de plantio. A expectativa de produção é de 19,7 milhões de toneladas, 22% maior do que na safra anterior, quando foram produzidas 16,1 milhões de toneladas. Com relação aos preços, a saca de 60 quilos de soja é comercializada por R$ 78, um aumento de 13% comparativamente ao ano passado.

FEIJÃO
Estima-se para a safra das águas uma área de 150,8 mil hectares, 7% menor do que na safra anterior, quando foram plantados 162,3 mil hectares. A redução se deve à escolha dos produtores pela soja e pelo milho. Estima-se a produção de 299 mil toneladas, um aumento de 0,4% com relação à estimativa inicial, e um crescimento de 21% na comparação com a safra anterior, que teve um volume de produção de 247,1 mil toneladas. Quanto aos preços, o feijão-cores é comercializado por R$ 235, e o preto por R$ 127.

MILHO
A primeira safra de milho soma 337 mil hectares plantados no Estado, uma redução de 6% na comparação com a safra anterior. A previsão é de que sejam produzidas 3,1 milhões de toneladas, volume semelhante ao do ano passado. Em dezembro começou o ciclo final do milho, com as fases de frutificação e maturação, e a colheita deve acontecer com mais intensidade em janeiro de 2020. Tanto no mercado doméstico quanto no internacional, com a saca de 60 quilos de milho sendo comercializada por R$ 37, enquanto o custo de produção está abaixo de R$ 30.

CEVADA
Cerca de 80% da produção de cevada do Paraná foi comercializada, e o valor da saca de 60 quilos está em R$ 58. As lavouras registram boas condições, com apenas 2 a 4% de refugo, explica o engenheiro agrônomo do Deral, Rogério Nogueira. O relatório mostra um aumento de área de 8% nesta safra, de 55,7 mil hectares para 60,4 mil hectares, e 11% de aumento da produção, de 219,7 mil toneladas para 243,1 mil toneladas.

MANDIOCA
Foram colhidas 3,1 milhões de toneladas na safra 18/19, uma redução de 10% comparativamente à safra 17/18, ocasionada principalmente pela redução de 8% na área, de 147,7 mil para 136,4 mil hectares. Setembro registrou o menor preço do ano, R$ 304, mas a recomposição dos estoques de final de ano e a aproximação da entressafra colaboraram para uma reação positiva no preço, que hoje está em R$ 410 a tonelada, já cobrindo os custos totais de produção. Estima-se a produção de 3,3 milhões de toneladas de mandioca, 6% a mais do que no ano passado.

AEN-PR

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