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Quem tiver interesse em comprar um hectare de terra roxa mecanizada na região de Ubiratã terá de desembolsar em média R$ 46,5 mil. A tabela com os valores da terra nua de 2004 a 2014 foi divulgada pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura do Estado Paraná (Seab). Na região, o maior reajuste em relação ao ano anterior foi em Iretama, onde o hectare foi reajustado em 94%, passando de R$ 16,5 mil para R$ 32 mil. Além disso, ainda houve valorização acima de 70% em Quarto Centenário (71%), Fênix (70%) e Roncador (70%). A tabela do Deral é utilizada pelo serviço de fiscalização do Imposto Territorial Rural (ITR) da Receita Federal, para comparar com os valores declarados pelos proprietários rurais nas declarações.
Embora seja utilizada pela fiscalização do ITR, a tabela não é específica para a cobrança de impostos e o produtor não precisa segui-la no momento da declaração. Os números pesquisados em março deste ano e divulgados no início deste mês são usados por bancos, imobiliárias, universidades e em inventários e partilhas de bens.
Em Campo Mourão, o hectare da terra roxa mecanizada passou de R$ 37,7 mil no ano passado para R$ 45 mil este ano, valorização de 21%. Em 10 anos, a valorização das terras no município foi de 208%. Detentor do segundo maior valor, o município de Quarto Centenário passou de R$ 27,2 mil para R$ 46,4 mil (71% em relação a 2013 e 213,7% em 10 anos) e o município com o hectare negociado mais alto, Ubiratã, passou de R$ 31,2 mil para R$ 46,5 mil (49% em relação a 2013 e 191% desde 2004).
Segundo o órgão estadual, os preços não devem ser utilizados como valor absoluto, tendo em vista que cada propriedade rural tem suas características próprias - tamanho, localização, vias de acesso, topografia, hidrografia, tipo de solo, capacidade de uso e grau de mecanização.
A coordenação do departamento explicou que a tabela leva em conta as características da terra, logística para escoamento da safra e o fato de nas últimas safras ter havido aumento considerável nos preços das commodities. Cada município tem sua classificação segundo com a qualidade da terra (roxa, mista e arenosa). Além disso, elas se subdividem em Mecanizada, Mecanizável, Não Mecanizável e Inaproveitáveis.
Terra não desvaloriza
O corretor de imóveis Juacir Piacentini, reforça a ideia de que os valores colocados na tabela do Deral não são absolutos. Segundo ele, para montar o preço é preciso levar em consideração benfeitorias e os fatores citados pelo órgão estadual que foram descritos acima. Ele também ressaltou que os valores negociados tiveram alta em relação aos contratos de compra e venda fechados em 2013. “Terra nunca desvaloriza”, frisa o corretor.
Ele revela que na região de Campo Mourão a procura para compra é grande, mas que há poucas oportunidades ou interessados em vender. “Pelo contrário, quem tem quer comprar mais”, esclarece antes de colocar que tem conseguido fechar negócios em outras regiões, como no Mato Grosso. Em Campo Mourão, ele acredita que a terra roxa consiga ser vendida por R$ 110 mil/alqueire, o equivalente a R$ 45,4 mil/hectare. Em locais de terra mista, como na região de Araruna, já há uma grande redução e o valor fica próximo de R$ 60 mil/alqueire ou R$ 24,7 mil/hectare.
Valor por município - Terra Roxa Mecanizada
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Município |
Valorização em relação a 2013 |
Valorização em relação a 2004 |
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Altamira do Paraná |
5% |
353,5% |
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Araruna |
10,5% |
154,4% |
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Barbosa Ferraz |
52% |
170,5% |
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Boa Esperança |
38% |
185% |
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Campina da Lagoa |
48% |
192,7% |
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Campo Mourão |
21% |
208% |
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Corumbataí do Sul |
66% |
199% |
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Engenheiro Beltrão |
56% |
196% |
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Farol |
14% |
163% |
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Fênix |
70% |
201% |
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Goioerê |
48% |
204,3% |
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Iretama |
94% |
214,8% |
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Janiópolis |
33% |
166% |
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Juranda |
33,8% |
255% |
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Luiziana |
8% |
168,5% |
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Mamborê |
26% |
141% |
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Moreira Sales |
34% |
226% |
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Nova Cantu |
53% |
176% |
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Peabiru |
9,5% |
191% |
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Quarto Centenário |
71% |
213,7% |
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Quinta do Sol |
57% |
207% |
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Rancho Alegre |
- |
- |
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Roncador |
70% |
153% |
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Terra Boa |
20% |
147,9% |
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Ubiratã |
48,8% |
191% |
O município com o hectare negociado mais alto, Ubiratã, passou de R$ 31,2 mil para R$ 46,5 mil (49% em relação a 2013 e 191% desde 2004)
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