Ouça este artigo
Você está prestes a ler um artigo sobre um caso triste e alarmante de negligência médica. Ele relata a morte de um recém-nascido, Davi Matheus, que faleceu horas após seu parto no Hospital Universitário do Oeste do Paraná. A mãe, Cleicimar da Silva Marques, descreve uma série de falhas durante o trabalho de parto, incluindo o reconhecimento tardio do sofrimento fetal e a negação de um pedido para cesárea. Este relato levanta questões importantes sobre a qualidade do atendimento médico e a responsabilidade nas decisões tomadas durante o momento crucial do parto.
- Morte do recém-nascido Davi Matheus atribuída à negligência médica.
- Mãe pediu cesárea, mas solicitação foi negada várias vezes.
- Parto foi demorado, ocorrendo 18 horas após a chegada ao hospital.
- Bebê teve dificuldades ao nascer e apresentava ferimentos na cabeça.
- Família busca investigação na Polícia Civil sobre o caso.
Tragédia no Parto: Um Relato de Negligência e Dor
Recentemente, uma tragédia abalou a vida de uma família em Cascavel, Paraná, quando a mãe, Cleicimar da Silva Marques, perdeu seu recém-nascido, Davi Matheus, horas após o parto. O relato de Cleicimar é um testemunho doloroso sobre a negligência médica que, segundo ela, ocorreu durante o processo de parto no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP).
O Desespero de um Parto Demorado
Cleicimar entrou no hospital às 5h da manhã, com a esperança de dar à luz ao seu filho. Contudo, a realidade foi muito diferente. O primeiro comprimido para induzir o parto foi administrado apenas às 11h, e a segunda dose veio somente às 14h. Durante esse tempo, Cleicimar sentiu fortes dores e solicitou a realização de uma cesárea, mas o pedido foi negado.
O tempo passou, e a situação se tornou crítica. Às 21h, quando o trabalho de parto já havia avançado, o casal pediu novamente pela cesárea, mas a equipe médica não atendeu ao apelo dos pais. O parto ocorreu somente às 23h40, e Davi nasceu com dificuldades. O pai, Matheus Guilherme de Bona, descreveu a cena: “Ela pegou pela cabeça, girou e puxou com força. Ele saiu mole.”
A Triste Perda e as Acusações de Negligência
Após o nascimento, Davi foi levado para a UTI Neonatal, onde precisou ser intubado. Infelizmente, a morte do bebê foi confirmada no dia seguinte. Cleicimar e Matheus acreditam que houve negligência por parte da equipe médica. Eles alegam que a demora na indução do parto e a resistência em realizar a cesárea, mesmo com sinais de sofrimento fetal, contribuíram para a tragédia.
Horário | Ação |
---|---|
5h da manhã | Entrada no hospital |
11h | Primeira indução |
14h | Segunda indução |
21h | Pedido de cesárea negado |
23h40 | Parto realizado |
O Relato de Cleicimar
Cleicimar compartilhou sua experiência angustiante durante o parto. Ela descreveu a sensação de “círculo de fogo” que sentiu quando a cabeça do bebê estava prestes a nascer. “Aquele círculo de fogo ficou por mais de dez minutos. Eu pensei, meu Deus, eu vou sentir esse ardor até quando?” disse Cleicimar.
Durante o procedimento, houve um momento em que a profissional de saúde fez uma episiotomia, mas Cleicimar acredita que isso pode ter causado ferimentos na cabeça do bebê. “Ela aplicou as anestesias ali, e eu acho que foi nessa hora que ela acertou a cabeça do Davi com a agulha.”
Resposta do Hospital
Em resposta às acusações, o Hospital Universitário do Oeste do Paraná afirmou que todos os protocolos foram seguidos e lamentou a morte do recém-nascido. A equipe médica informou que Davi nasceu em parada cardíaca e que tentaram reanimá-lo imediatamente. No entanto, mesmo com os esforços, o bebê não resistiu.
O Impacto na Comunidade
A morte de Davi não é apenas uma tragédia pessoal, mas também um chamado à ação para a comunidade. Moradores do bairro XIV de Novembro expressaram suas preocupações sobre a falta de segurança e a qualidade dos serviços de saúde na região. Além disso, a situação destaca a importância de garantir que todos os pacientes recebam o cuidado necessário durante o parto.
Questões de Saúde Pública
A situação no HUOP levanta questões mais amplas sobre a saúde pública na região. Recentemente, as autoridades de saúde confirmaram dois casos autóctones de febre Oropouche no Paraná, o que ressalta a necessidade de um sistema de saúde que não apenas trate, mas também previna doenças. Para entender melhor como a saúde pública pode ser afetada, é importante analisar as investigações sobre fraudes na saúde pública.
Questões de Saúde | Situação Atual |
---|---|
Casos de febre Oropouche | Confirmados no Paraná |
Qualidade do atendimento | Denúncias de negligência |
Segurança na UBS | Reclamações dos moradores |
Conclusão
A tragédia da morte do recém-nascido Davi Matheus é um grito por justiça e um alerta sobre a negligência médica que pode ocorrer em momentos críticos como o parto. A história de Cleicimar e Matheus destaca a importância de um atendimento médico responsável e compassivo, onde as vozes das mães devem ser ouvidas e respeitadas. A busca por respostas e investigações é fundamental não apenas para a família, mas para toda a comunidade, que deve exigir um sistema de saúde que priorize a segurança e o bem-estar de todos.
Se você deseja se aprofundar mais em questões de saúde e histórias que impactam a sociedade, não deixe de conferir mais artigos em Ubirata Online.
Perguntas frequentes
O que aconteceu com o recém-nascido Davi Matheus?
A morte do recém-nascido Davi Matheus aconteceu horas após o parto na UTI neonatal do HUOP. Ele apresentou dificuldades e não sobreviveu.
Por que a mãe não conseguiu fazer a cesárea?
A mãe, Cleicimar, pediu a cesárea durante o trabalho de parto, mas foi negada pela equipe médica. Ela sentiu dores intensas e estava preocupada.
Que falhas ocorreram durante o parto?
Cleicimar chegou ao hospital às 5h e só recebeu o primeiro comprimido para induzir o parto às 11h. Isso gerou um atraso considerável e complicações.
O que a família fez após a morte do bebê?
A família está insatisfeita e decidiu denunciar o caso à Polícia Civil. Eles buscam respostas sobre a negligência.
O hospital se defendeu de alguma forma?
Sim, o hospital afirmou que seguiu todos os protocolos e disse que o bebê nasceu em parada cardíaca, com reanimação sendo tentada.