
O técnico de enfermagem Wesley da Silva Ferreira foi condenado a 44 anos e três meses de prisão em regime fechado e a dois anos, sete meses e quatro dias de detenção em regime semiaberto por abusar sexualmente de pacientes em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Curitiba. A sentença foi anunciada na última sexta-feira (15).
De acordo com o Ministério Público do Paraná (MPPR), Wesley foi condenado:
- Quatro vezes pelos crimes de estupro de vulnerável e registro não autorizado da intimidade sexual;
- Transmissão de fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática;
- Perigo de contágio venéreo – por ser portador de HIV e manter relações sexuais desprotegidas.
A pedido do MP, o técnico foi absolvido dos crimes de registro não autorizado da intimidade, de produção de cena de sexo explícito ou pornográfico contra criança e de um armazenamento de fotografia com conteúdo pornográfico envolvendo criança.
O condenado, que já estava detido preventivamente, seguirá preso para iniciar o cumprimento da sentença, segundo informou o MP.
A Tribuna do Paraná tenta contato com a defesa de Wesley da Silva Ferreira.
Relembre o caso
O técnico de enfermagem foi preso pela Polícia Civil (PCPR) em outubro de 2024, após ter abusado sexualmente de pacientes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade Industrial de Curitiba (CIC). O rapaz também trabalhava no Hospital Pequeno Príncipe (HPP), maior instituição exclusivamente pediátrica da América Latina. Em depoimento, ele confirmou ser portador do vírus HIV.
O caso foi descoberto pela polícia após denúncia do namorado de Wesley, que teve acesso a gravações armazenadas no celular do técnico de enfermagem. Em um dos vídeos, Wesley vai até a cama de um paciente, sobe o lençol e começa a tocar nas partes íntimas da vítima que estava internada na UPA. Para a polícia, ele disse que filmava os atos porque “tinha vontade”.
No interrogatório, Wesley disse que vinha praticando a ação há um ano. Na residência do homem, policiais encontraram medicamentos furtados dos hospitais em que trabalhou, entre eles, o Fentanil, forte analgésico e também utilizado como entorpecente.

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