Casos confirmados de raiva bovina em Campina da Lagoa preocupam Adapar que alerta para vacinação

Casos confirmados de raiva bovina em Campina da Lagoa preocupam Adapar que alerta para vacinação
Foto Ilustrativa

Dois casos confirmados de raiva bovina em propriedades rurais do município de Campina da Lagoa preocupam a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), núcleo de Campo Mourão e ascendem sinal de alerta para toda a Comcam. A Agência reforça aos criadores de toda região, especialmente de Campina da Lagoa e Nova Cantu, cidade mais próxima aos focos, para a vacinação do rebanho contra a doença, que é letal.

O vírus é transmitido por morcegos. Os focos foram registrados em uma propriedade na saída para Nova Cantu e outro no sentido ao Rio Piquiri. A médica veterinária da Adapar, núcleo de Campo Mourão, Claudia Gebara, informou que os dois casos foram confirmados por exames laboratoriais. “Foi o segundo foco em pouco tempo. O primeiro foi em novembro do ano passado e o segundo na semana passada”, falou Claudia. A situação vem sendo acompanhada pela médica veterinária da Adapar do escritório de Campina da Lagoa, Gionava Rodrigues.

Equipes técnicas de Campo Mourão se deslocarão às propriedades onde foram confirmados os casos na próxima semana em busca do foco transmissor. Nas propriedades onde os focos foram confirmados, os técnicos da Adapar farão buscas por um raio de 12 a 13 quilômetros para tentar encontrar o foco da doença. Geralmente os morcegos costumam se abrigar em matas com curso d’água. “Estamos muito preocupados. Pedimos que produtores de toda a região faça a vacinação do rebanho”, ressaltou Claudia. A vacinação deve ser feita em animais acima de dois meses (60 dias). São duas doses do medicamento, com a segunda devendo ser aplicada 30 dias após a primeira.

A raiva é transmissível ao ser humano e animais domésticos como cães e gatos. Todo e qualquer foco, mesmo que suspeito, deve obrigatoriamente ser notificado à Adapar. “Se observar qualquer sinal da doença no animal ou até mesmo do ataque de morcegos, a Adapar deve ser comunicada imediatamente. A raiva é uma doença 100% letal até para o ser humano. Em caso de suspeita de infecção, pedimos que a pessoa não manipule o animal porque o vírus pode ser transmitido pela saliva”, pediu, ao explicar que a evolução da doença é bastante rápida. Outra orientação é evitar tocar em morcegos encontrados mortos já que podem estar contaminados.

Em 2022, vários casos de raiva bovina foram registrados no Paraná, sendo um na Comcam. Já em 2019, foram confirmados focos em propriedades ao entorno do Barreiro das Frutas. “Isso demonstra que o vírus está circulante. Estamos pedindo às casas agropecuárias para adquirirem vacinas para que os produtores possam imunizar o seu rebanho”, acrescentou Claudia.

Transmitida por morcegos que se alimentam de sangue, a contaminação também pode acontecer através de arranhões, mordedura ou lambedura de animais infectados. O vírus ataca o sistema nervoso e a doença não tem cura, sendo a vacina a única forma de prevenção. Em suspeitas de animais com a doença, a Adapar orienta que os animais não sejam sacrificados, porque essa ação pode alterar o resultado do exame e o Órgão seja acionado.

Os primeiros sintomas são o isolamento do animal e a perda de apetite, os quais também ocorrem em outras doenças e por razões diversas, mas no caso da raiva estes sintomas iniciais evoluem rapidamente, apresentando sinais neurológicos como salivação intensa, tremores musculares, andar cambaleante, decúbito e movimentos de pedalagem, opistótono e morte; em casos raros, pode ficar agressivo. “Como consequência do acometimento nervoso, o animal não consegue se alimentar e nem se movimentar e, após poucos dias, entre três e sete dias do início dos sinais, o animal vem a óbito”, disse Claudia.

Fonte: Tribuna do Interior

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