Casos confirmados de dengue crescem 14% no Paraná

Casos confirmados de dengue crescem 14% no Paraná

Biólogo aposta no esforço comunitário para a prevenção da doença e fala sobre os sintomas e os cuidados para evitar que a situação se agrave.

O verão é, reconhecidamente, a estação dos temporais. Além da preocupação com alagamentos, deslizamentos, granizo e outros prejuízos, as chuvas contribuem para que o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, se prolifere. Isso porque o inseto se multiplica em locais com água parada.

No Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) já confirmou casos da doença em 198 municípios neste início do ano. Em 168 deles, há transmissão autóctone – quando a doença é contraída na própria cidade e não em viagens.

O boletim epidemiológico divulgado pela Sesa mostra que, de agosto de 2022 a 3 de janeiro, o número de casos confirmados ultrapassou 2,2 mil, sendo três óbitos. Na comparação com os dados divulgados em 20 de dezembro do ano passado, o Paraná registrou aumento de 18% nas notificações e 14% no número de casos confirmados em janeiro.

Professor do UniCuritiba – instituição de ensino superior que faz parte da Ânima Educação – o biólogo Carlos de Almeida Barbosa diz que o combate à dengue requer um esforço coletivo.

“A prevenção, feita basicamente por meio da eliminação dos criadouros do mosquito transmissor, é a melhor estratégia e depende da cooperação comunitária para ser efetiva”, diz.

Sintomas

Mestre em Ciências e doutorando em Tecnologia em Saúde, Carlos explica que a infecção provocada pelo vírus da dengue pode apresentar um espectro clínico variado, desde quadros assintomáticos até eventos graves como hemorragia, choque e risco de morte. Por isso, não deve ser negligenciada.
Os primeiros sintomas da dengue envolvem quadros febris entre 39ºC e 40ºC de início repentino, com persistência de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e erupções cutâneas, podendo ocorrer náuseas e vômitos.

Tratamento

“Não existe tratamento específico para a dengue e os cuidados terapêuticos consistem em controlar os sintomas, combater a febre e, se necessário, fazer a hidratação por via intravenosa. O atendimento rápido para a identificação dos sinais e a intervenção médica ajudam a reduzir o número de óbitos”, alerta o professor do UniCuritiba.
A ‘prova do laço’ é um teste preliminar para o diagnóstico da dengue, que serve como um indicativo, mas dependendo do caso, continua o docente do UniCuritiba e especialista em Biologia Celular, são realizados outros exames como detecção de anticorpos, IgG e IgM, hemograma, coagulograma e testes com técnicas moleculares, como a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR).

Reincidência

Carlos Barbosa alerta que a pessoa que já teve dengue não está livre de sofrer uma nova infecção. Isso porque existem quatro sorotipos do vírus em circulação no Brasil e, para estar totalmente imune, seria necessário entrar em contato com todos eles. “O problema é que a cada contágio com um novo sorotipo, os sintomas podem ser mais intensos e os riscos de desenvolver uma forma mais grave de dengue são altos.”

Prevenção

Para conter o avanço da dengue é necessário eliminar os criadouros do mosquito transmissor, que se prolifera em locais com água parada. A orientação principal é inspecionar vasos de plantas, manter o quintal limpo e sem entulhos ou recipientes que possam acumular água, fazer a limpeza de calhas e vedar reservatórios e caixas d’água.

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