Com confirmações de raiva bovina em Campina da Lagoa, ADAPAR promove palestra para orientar produtores

Com confirmações de raiva bovina em Campina da Lagoa, ADAPAR promove palestra para orientar produtores

Com dois casos confirmados de raiva bovina em propriedades rurais do município de Campina da Lagoa, nos últimos dias, como meio de prevenção e orientação aos produtores, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), núcleo de Campo Mourão, promoverá uma palestra a pecuaristas nesta quinta-feira (26). Médicos veterinários, Vigilância Sanitárias dos municípios vizinhos, e empregados das propriedades também podem participar.

O encontro será no Sindicato Rural de Campina da Lagoa, das 13h30 às 14h30. A palestra será proferida pela médica veterinária e fiscal da Adapar, núcleo de Campo Mourão, Claudia Gebara. Terá como tema “Raiva em herbívoros – A situação dos Casos da doença em Campina da Lagoa”.

Entre os temas abordados estão: a importância da vacinação do rebanho contra a raiva, medidas a serem tomadas em casos de infecção e riscos, como é a contaminação, prevenção à doença, e o acompanhamento dos casos confirmados naquela região.

Claudia alerta a criadores de toda região, especialmente de Campina da Lagoa e Nova Cantu, cidade mais próxima aos focos, para a vacinação dos rebanhos contra a doença, que é letal. Além de bovinos, equinos também devem receber a vacina.

O vírus da raiva é transmitido por morcegos hematófagos, ou seja, que se alimentam de sangue. Claudia frisou que os focos foram registrados em uma propriedade na saída para Nova Cantu e outro no sentido ao Rio Piquiri. Os dois casos foram confirmados por exames laboratoriais. “Foram dois focos em pouco tempo. O primeiro foi em novembro do ano passado e o segundo neste mês de janeiro”, falou ela. A situação vem sendo acompanhada pela Adapar. 

Equipes técnicas de Campo Mourão estiveram nas propriedades onde foram confirmados os casos para as medidas sanitárias. “Estamos muito preocupados. Pedimos que produtores de toda a região faça a vacinação do rebanho”, ressaltou Claudia. A vacinação deve ser feita em animais acima de dois meses (60 dias). São duas doses do medicamento, com a segunda devendo ser aplicada 30 dias após a primeira.

A raiva é transmissível ao ser humano e animais domésticos como cães e gatos. Todo e qualquer foco, mesmo que suspeito, deve obrigatoriamente ser notificado à Adapar. “Se observar qualquer sinal da doença no animal ou até mesmo do ataque de morcegos, a Adapar deve ser comunicada imediatamente. A raiva é uma doença 100% letal até para o ser humano. Em caso de suspeita de infecção, pedimos que a pessoa não manipule o animal porque o vírus pode ser transmitido pela saliva”, orientou a médica veterinária, ao explicar que a evolução da doença é bastante rápida.

Em 2022, vários casos de raiva bovina foram registrados no Paraná, sendo um na Comcam. Já em 2019, foram confirmados focos em propriedades ao entorno do Barreiro das Frutas. Isso significa que o vírus está circulante.

Transmitida por morcegos que se alimentam de sangue, a contaminação também pode acontecer através de arranhões, mordedura ou lambedura de animais infectados. O vírus ataca o sistema nervoso e a doença não tem cura, sendo a vacina a única forma de prevenção. Em suspeitas de animais com a doença, a Adapar orienta que os animais não sejam sacrificados, porque essa ação pode alterar o resultado do exame e o Órgão seja acionado.

Os primeiros sintomas são o isolamento do animal e a perda de apetite, os quais também ocorrem em outras doenças e por razões diversas, mas no caso da raiva estes sintomas iniciais evoluem rapidamente, apresentando sinais neurológicos como salivação intensa, tremores musculares, andar cambaleante, decúbito e movimentos de pedalagem, opistótono e morte; em casos raros, pode ficar agressivo. 

Fonte: Tribuna do Interior

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