
Com mais de 11 mil médicos e cerca de 2 milhões de beneficiários, Unimed Paraná une inovação, sustentabilidade e cuidado humanizado
A Unimed Paraná chega aos 45 anos de história, marcada por crescimento, inovação e compromisso com o cooperativismo. Fundada em 18 de agosto de 1979, em Ponta Grossa (PR), nasceu a partir da união das Unimeds de Curitiba, Londrina, Guarapuava e Ponta Grossa, consolidando-se como cooperativa de 2º grau, formada pela associação de todas as Unimeds Singulares do estado.
Desde sua origem, mantém a essência do modelo cooperativista: as Unimeds Singulares, cooperativas dirigidas por médicos, oferecem serviços de saúde de alta qualidade a custos compatíveis, sempre com o diferencial do sistema de livre escolha dos profissionais cooperados. Esse formato garante atendimento humanizado à população e uma remuneração justa aos médicos, fortalecendo o ciclo virtuoso do cooperativismo.
Rede integrada
Atualmente, a Unimed Paraná representa 20 operadoras registradas na ANS e outras três prestadoras sem registro próprio, reforçando seu papel como elo estratégico de integração e desenvolvimento do sistema no estado. Além de atuar como operadora de planos de saúde, exerce a função de representação institucional e de prestadora de serviços estratégicos às singulares federadas.

A rede conta com 22 Unimeds singulares, mais de 11,5 mil médicos cooperados e um ecossistema que ultrapassa 7,5 mil profissionais. Em 2024, a instituição somou 183,6 mil beneficiários, confirmando sua relevância como uma das maiores referências em saúde suplementar no Paraná.
Esse protagonismo é reforçado pelo presidente da Federação, Paulo Roberto Fernandes Faria:
“A Unimed Paraná é uma cooperativa de segundo grau, atuando como Federação com o objetivo de integrar e dar sustentabilidade ao Sistema Unimed no estado. Seu papel é centralizar serviços e oferecer apoio e suporte, auxiliando as cooperativas filiadas em áreas de gestão, compartilhamento de conhecimento e promoção da inovação e avanço tecnológico, essenciais para a modernização do Sistema”, afirma.
Segundo ele, essa postura tem destacado a Unimed Paraná no cenário estadual e nacional:
“Ao longo dos últimos anos, a Federação consolidou iniciativas de referência, como o Simpósio das Unimeds do Estado do Paraná (Suespar), que realizou sua 31ª edição em agosto, e o e-Saúde, realizado há 10 anos em Curitiba. Além disso, a relação entre Federação e Singulares é marcada por intercooperação contínua, fortalecendo o Sistema Unimed Paranaense como um todo. Esse trabalho conjunto contribui diretamente para o crescimento do Sistema, que atinge, aproximadamente, 2 milhões de beneficiários no estado.”
Desempenho econômico sustentável
O ano de 2024 reforçou a solidez financeira da cooperativa. A receita operacional líquida cresceu 14,3% em relação a 2023, enquanto as sobras líquidas alcançaram R$ 25,3 milhões. O ativo total atingiu R$ 597 milhões, um avanço de 23% sobre o período anterior, com quase metade dos recursos em disponibilidades de curto prazo.
Os custos totais subiram 11,5%, acompanhando o movimento do setor, mas sempre com foco no equilíbrio entre sustentabilidade financeira e qualidade de atendimento. As despesas administrativas representaram 10,3% da receita.
Esse desempenho tem garantido reconhecimento público. No ranking das 500 Maiores do Sul, a Unimed Paraná saltou do 303º lugar em 2022 para a 263ª posição em 2023.
Reconhecimento e inovação
O ano de 2024 consolidou a Unimed Paraná como referência em boas práticas de gestão. A cooperativa recebeu novamente o selo Great Place to Work (GPTW), que a certifica como um dos melhores lugares para trabalhar.
As perspectivas para o futuro também são promissoras, como destaca Fernandes Faria:
“As perspectivas do Sistema Unimed incluem o crescimento sustentável do número de beneficiários no Paraná e a contínua evolução tecnológica, ao mesmo tempo em que privilegia o lado humano com seu jeito de cuidar. Também faz parte de nossas prioridades a estruturação de recursos próprios de alta qualidade em pontos estratégicos do estado”, projeta.
Ele ressalta ainda o compromisso com a inovação:
“Buscamos incorporar soluções digitais e ferramentas que aprimorem o cuidado ao paciente e aumentem a eficiência operacional. Essas iniciativas visam não apenas expandir a capacidade de atendimento, mas também consolidar a posição da Federação como referência em inovação e qualidade no cooperativismo de saúde.”
Saúde cooperativa no Paraná ultrapassa 2,7 milhões de beneficiários

O cooperativismo de saúde no Paraná consolidou em 2024 um cenário de crescimento, sustentabilidade financeira e forte presença social. De acordo com o Cenário Consolidado do Ramo Saúde, elaborado pelo Sistema Ocepar, o setor encerrou o ano com 2.785.311 beneficiários, espalhados por operadoras médicas e odontológicas em todas as regiões do estado.
Estrutura diversificada
O Paraná conta atualmente com 36 operadoras de planos de saúde médicas, quatro operadoras odontológicas e 11 prestadoras de serviços de saúde não operadoras, compondo uma rede cooperativa diversificada e presente em diferentes especialidades.
O sistema também se mostra capilarizado: 16.452 profissionais da saúde cooperados integram o quadro social, ao lado de 9.625 funcionários, reforçando a capacidade de atendimento e gestão. O perfil dos cooperados mantém-se equilibrado, com 42,3% de mulheres e 57,7% de homens.
Crescimento sustentável
A carteira de beneficiários cresceu, atingindo quase 2,8 milhões de vidas. A maioria está em planos empresariais (60,7%), seguidos pelos familiares (23,2%) e coletivos por adesão (16%). Em termos de idade, 71% têm entre 19 e 58 anos, 16% têm mais de 59 e 13% têm até 18 anos.
O setor faturou R$ 9,8 bilhões em 2024, um aumento de 13,9% sobre 2023. Operadoras médicas responderam por 94% da receita. O patrimônio líquido foi de R$ 2,7 bilhões, com ativos totais de R$ 6,2 bilhões. O resultado líquido alcançou R$ 308 milhões, e a margem de solvência foi de 188%, bem acima do exigido pela ANS.
O valor adicionado foi de R$ 929,7 milhões, distribuído principalmente entre pessoal (44,9%) e cooperados/capitalização (29,9%).
Entre os indicadores operacionais:
- Receita média mensal: R$ 365,97 (familiares) e R$ 332,33 (empresariais);
- Valor médio por consulta: R$ 95,63;
- Sinistralidade: 86,1% (93,9% nos familiares; 76,1% nos empresariais);
- Margem bruta: 9,6%; operacional: 0,7%; rentabilidade: 2,4%.
Os dados demonstram equilíbrio financeiro e relevância econômica, apesar da alta sinistralidade.
Presença social e laboral
Além da dimensão financeira, o cooperativismo de saúde mostra sua relevância na geração de trabalho e renda. Em 2024, os 9.625 mil funcionários do setor reforçaram a estrutura operacional das cooperativas, ao lado dos mais de 16.452 profissionais da área da saúde cooperados.
A remuneração média mensal dos cooperados foi de R$ 418,03, variando de acordo com a região do estado.
Outro destaque é a participação nas assembleias gerais, que segue crescendo, fortalecendo a governança cooperativa e a intercooperação entre diferentes regiões.
Cooperativismo de saúde no Brasil: maior sistema do mundo atende mais de 23 milhões de pessoas

O cooperativismo de saúde brasileiro ocupa uma posição de destaque mundial. Trata-se do maior sistema cooperativo de saúde do planeta, referência para outros países que buscam modelos sustentáveis de cuidado à saúde com base em valores como solidariedade, participação democrática e compromisso social.
Presente em 85% do território nacional, o setor reúne 699 cooperativas, 270 mil cooperados, 150 mil empregos diretos e movimenta R$ 18,62 bilhões em ativos totais. Mais de 23 milhões de brasileiros já são atendidos pelas cooperativas de saúde.
Os dados constam do Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2023, desenvolvido pelo Sistema OCB.
Para a sociedade, isso significa acesso a serviços de qualidade; para os profissionais, condições de trabalho dignas e geração de renda; e para o país, um modelo que promove desenvolvimento econômico aliado à inclusão social
Uma trajetória que começou em Santos
O modelo nasceu no Brasil na década de 1960, quando um grupo de médicos de Santos (SP) se uniu para formar a primeira cooperativa de profissionais da saúde. A iniciativa cresceu e hoje está consolidada em todas as regiões, oferecendo atendimento de qualidade, preços justos e melhores condições de trabalho para os profissionais associados.
Ao longo das décadas, o cooperativismo de saúde mostrou sua força em momentos cruciais. Durante a pandemia de Covid-19, por exemplo, as cooperativas foram referência no enfrentamento: em 2021, realizaram mais de 3 milhões de internações, atendendo mais de 16 milhões de pessoas em todo o país.
Diversificação fortalece o sistema
O ramo da saúde é formado por diferentes segmentos, que ampliam a capacidade de atuação:
- Operadoras de plano de saúde médico – 39%
- Especialidades médicas e prestadoras de serviços médicos – 27,2%
- Operadoras odontológicas – 12,8%
- Outros profissionais da saúde (fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas etc.) – 10,7%
- Prestadoras hospitalares e odontológicas – 9,6%
- Usuários de plano de saúde organizados em cooperativas – 0,4%
Essa variedade permite atender desde planos de saúde até serviços específicos de medicina, odontologia, psicologia e fisioterapia, sempre com o foco no cuidado humano.
Impacto econômico e social
Além do atendimento, o cooperativismo de saúde tem papel relevante na economia brasileira. Em 2024, o setor destinou R$ 16,4 bilhões em salários e benefícios aos seus 150.841 funcionários, além de distribuir e capitalizar sobras para seus cooperados em R$ 789,27 milhões.
A distribuição justa dos resultados, característica do modelo, garante ganhos para cooperados, profissionais e comunidades locais. Não por acaso, o setor alia o conhecimento técnico dos profissionais de saúde ao compromisso socioambiental, transformando vidas e fortalecendo regiões.
Para o presidente da Unimed Paraná, Paulo Roberto Fernandes Faria, essa contribuição é justamente o que diferencia o cooperativismo no setor da saúde:
“O cooperativismo, por sua própria natureza, privilegia as pessoas em seu desenvolvimento pessoal e econômico. É um modelo capaz de gerar soluções mesmo diante de crises, fortalecendo a economia local, já que os recursos circulam na própria região em que a cooperativa está inserida. No setor de saúde, a contribuição segue a mesma lógica, as pessoas estão no centro do cuidado.”

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