“A TERRA É AZUL!”

“A TERRA É AZUL!”

Em 12 de abril de 1961, há exatos 60 anos atrás, o cosmonauta russo Iuri Gagarin entrava para a história, sendo o primeiro ser humano a viajar pelo espaço.

Com apenas 27 anos, Iuri Gagarin a bordo da nave Vostok 1, na qual deu uma volta completa em órbita ao redor do planeta. Esteve em órbita durante 1h48min, a uma altura de 315 km, num voo totalmente automatizado, com uma velocidade aproximada de 28 000 km/h. Pela proeza, recebeu a medalha da Ordem de Lenin.

Minutos antes do embarque na nave Vostok 1, Gagarin proferiu as seguintes palavras:

“Queridos amigos, conhecidos e estranhos, meus conterrâneos queridos e toda a humanidade: Em poucos minutos possivelmente uma nave espacial irá me levar para o espaço sideral. O que posso dizer-lhes sobre estes últimos minutos? Toda a minha vida parece se condensar neste momento único e belo. Tudo que eu fiz e vivi foi para isso!”

Às nove horas e sete minutos da manhã (horário de Moscou) do dia 12 de Abril de 1961, a cápsula com o foguete “Soyuz-R-7? foi lançada de uma plataforma em Baikonur, no Cazaquistão.

No espaço, Gagarin teria ainda dito:“Olhei para todos os lados, mas não vi Deus.”

Sua frase:”A Terra é azul!” entrou para a história.

“Orbitando a Terra na espaçonave, vi quão lindo o nosso planeta é. Povo, vamos preservar e aumentar essa beleza, não destruí-la!”— Iuri Gagarin (1934-1968)

Lançamento da Vostok 1
Vostok 1, a cápsula em que Iuri Gagarin foi ao espaço

Iuri Gagarin morreu em um acidente aéreo em março de 1968 com apenas 34 anos.

Às 10h18, o avião com dois homens a bordo decolou de um aeródromo na região de Moscou. Gagarin e seu instrutor deveriam fazer dois voos de 30 minutos cada um.

Dez minutos mais tarde, Gagarin informou ter terminado a tarefa e pediu autorização para regressar à base. Em seguida, a ligação caiu de repente.

Quando o combustível do avião já deveria ter-se esgotado, o comando entendeu que algo horrível tinha acontecido e à zona do voo foram enviados helicópteros.

A operação de busca durou mais de três horas. Finalmente, a equipe de resgate encontrou os destroços do avião que levava o cosmonauta a bordo. O aparelho caiu em uma floresta densa a uma velocidade de 660-680 km/h. Após o choque com o solo e subsequente explosão, o avião se desfez em partes pequenas, contou o coronel-general de aviação Nikolai Kamanin, que esteve no lugar do incidente há 50 anos.

Dos pilotos quase não restou nada. Mesmo assim, por meio dos poucos restos, os especialistas determinaram que, no momento da colisão, os pilotos estavam segurando os comandos. Ambos morreram instantaneamente.

A investigação realizada no local mostrou que todos, ou quase todos, os dispositivos do avião estavam funcionando bem no momento da colisão com o solo. Porém, este tipo de caças não estava equipado com gravador de dados de voo, por isso não foi possível esclarecer todos os detalhes da tragédia.

A versão oficial da comissão especial que investigou o acidente dizia que, devido a mudanças no ambiente aéreo, o avião fez uma manobra brusca e depois entrou em parafuso, não foi detectada nenhuma falha técnica.

A pouca informação disponível sobre as causas do acidente desencadeou uma onda de teorias da conspiração por parte do povo.

Após a morte de Gagarin, sua mulher recebeu a carta que ele tinha escrito ainda antes de seu voo histórico ao espaço em 1961, ele receava que pudesse morrer durante o voo e por isso se despedia da família.

“Um dia, ainda pequeno, eu li as palavras de Valery Chkalov [lendário piloto soviético]: ‘Se existir, então tenho de ser o primeiro.’ É o que eu faço — estou tentando ser o primeiro e serei até ao fim”, diz a carta.

Fonte: Sputniknews 

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