Historeando: Réplica da Taça Jules Rimet feita de vime mobilizou multidão nas ruas no Paraná após conquista da Copa de 1970

Historeando: Réplica da Taça Jules Rimet feita de vime mobilizou multidão nas ruas no Paraná após conquista da Copa de 1970

Em 18 de junho de 1970, a seleção brasileira de futebol celebrava o tricampeonato após vencer a Itália por 4 a 1 na final da Copa do Mundo. No bairro de Santa Felicidade, em Curitiba, a comemoração tomou as ruas, com direito a uma réplica da taça Jules Rimet feita de vime.

Essa história começou pelas mãos do artesão Eromir Stival. Com a ajuda de dois amigos, ele decidiu montar uma réplica da taça. 

Jules Rimet é ex-presidente da FIFA e foi o idealizador da Copa do Mundo. A taça original era de ouro, foi roubada da sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em 1983 e nunca foi encontrada.

Em Curitiba, o vime, usado normalmente na confecção de móveis e objetos de decoração, virou a réplica de mais de dois metros de altura.

Réplica da Taça Jules Rimet feita por artesão de Curitiba (PR) — Foto: Eromir Stival/Arquivo pessoal

Réplica da Taça Jules Rimet feita por artesão de Curitiba (PR) — Foto: Eromir Stival/Arquivo pessoal

Segundo o artesão, a ideia de confeccionar o símbolo máximo da Copa de 70 não foi programada.

“Foi tudo muito improvisado. Esses dois amigos trabalhavam comigo e do nada falamos: Vamos fazer uma taça? Trabalhamos na sexta e no sábado. Quando o Brasil ganhou a Copa, as pessoas começaram a aparecer na minha casa. A multidão se formou aos poucos. Quando vi, estavam carregando a taça pela rua”.

Durante o percurso, Stival teve que subir em um caminhão e afirma que ficou vigiando para evitar que mais pessoas fizessem o mesmo.

Artesão relata como foi a passeata feita com a sua inusitada taça durante a Copa de 1970

Sem hora para acabar ou destino certo, a passeata prosseguiu de Santa Felicidade por cerca de dez quilômetros até as proximidades da rua João Negrão, onde a taça precisou ser deitada para passar debaixo da Ponte Preta.

A comemoração foi se dissipando, mas a fama da réplica da Jules Rimet continuou em Curitiba.

“Era convidado para expor a taça em vários lugares. Outras pessoas pediam para ver, tocar nela. Como o vime é muito frágil, ele se despedaça se você anda ou mexe bastante. E foi assim que a taça foi acabando até não restar mais nada. O que ficou foi a história inusitada que ela protagonizou”.

Taça se desfez, mas ficou guardada na memória — Foto: Eromir Stival/Arquivo pessoal

Taça se desfez, mas ficou guardada na memória — Foto: Eromir Stival/Arquivo pessoal

g1 Paraná

.

.

.

.

.

.

.

.

Compartilhe!