As ferramentas de Inteligência Artificial (IA) têm se tornado cada vez mais presentes na vida cotidiana da população. Especialistas apontam que a expectativa é de que no futuro, elas fiquem ainda mais robustas, se tornando mais diversificadas, personalizadas e ágeis.

Entretanto, mesmo com infinitas funcionalidades que já oferecem, uma pesquisa realizada por estudantes de Curitiba, do curso de Ciências Econômicas da FAE Centro Universitário, com orientação do professor Adriano Toledo Pereira, revela que, na realidade, a maioria das pessoas que utilizam IA usam apenas como fonte de pesquisa.

Juan Pablo Gaio Cubilla, de 20 anos, é um dos autores do estudo. Ele explica que o resultado surpreendeu o grupo, visto que, inicialmente, a equipe acreditava que a maioria das respostas seria para uso acadêmico.

O estudo contou com mais de 600 respostas, entre homens e mulheres de diferentes idades. Segundo mostra a pesquisa, do total que respondeu que utiliza inteligência artificial no dia a dia, 223 (83,5%) mencionaram que era “Como fonte de respostas”. Para o grupo, esse dado demonstra o papel transformador da IA como uma ferramenta de busca e de consulta rápida e eficaz.

Em seguida, o segundo motivo de uso mais citado foi “Para o trabalho”, apontado por 171 entrevistados. Os outros motivos com menor taxa de menções foram: “Para produção acadêmica” (99) e “Para entretenimento” (34).

Pesquisa traçou quatro perfis de quem utiliza IA

Juan explica que, entre os métodos adotados na pesquisa, a equipe utilizou análise de cluster, que consiste, basicamente, em separar os entrevistados em grupos de perfil de consumo. A partir das respostas, o estudo gerou quatro perfis: os exigentes, os amadores, os experientes e os desapegados.

“Nós verificamos que as pessoas mais velhas são, geralmente, o grupo mais desapegado. É um grupo que utiliza IA, só que com pouca frequência. Nesse grupo, principalmente, são pessoas de 40 anos ou mais, por exemplo. Outro exemplo, as pessoas que são mais amadoras no uso da inteligência artificial estão iniciando, então elas geralmente são pessoas com menos de 24 anos, sabe?”, explica o estudante.

Conforme o estudo, os “Exigentes” seriam aqueles que buscam excelência em todos os aspectos da IA por utilizarem quando necessário e os “Experientes” são aqueles que utilizam com maior frequência.

Uso consciente de IA

Juan destaca que entre as maiores preocupações apontadas pelo uso excessivo da IA estão redução da criatividade (44,4%) e a dependência excessiva (31,3%). Isso revelou à equipe que os usuários estão cientes dos potenciais impactos negativos da IA na cognição e autonomia humanas.

“Foi uma experiência muito interessante e um pouco desafiadora no início, mas cumprimos com o objetivo de investigar o perfil, o comportamento e as percepções dos consumidores em relação ao uso de IA”, ressalta.

Apesar de ter sido desenvolvida em Curitiba, a pesquisa foi ampla e não levou em consideração a localização dos entrevistados.

Grupos de WhatsApp da Tribuna

Receba Notícias no seu WhatsApp!

Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.

Participe dos Grupos da Tribuna

Source link