Em um cenário de transformações no mundo do trabalho, o vice-presidente Geraldo Alckmin destacou a redução da jornada laboral como uma “tendência mundial”.
Durante um almoço com representantes da Frente Parlamentar Empresarial (FPE) em Brasília, Alckmin enfatizou a importância de discutir o fim da escala 6×1 (seis dias de trabalho por um de descanso), ressaltando que a tecnologia permite maior produtividade com menos pessoas .
Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, sugeriu que o debate envolva sindicatos e o Congresso Nacional, destacando que alguns setores industriais já adotam jornadas diferentes da 6×1.
Ele reiterou declarações anteriores feitas na COP 29, no Azerbaijão, sobre a influência do avanço tecnológico na possibilidade de jornadas menores.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se pronunciou sobre o tema, afirmando que o governo pretende aprofundar as discussões sobre a jornada de trabalho, buscando equilibrar a vida profissional e o bem-estar dos trabalhadores .
A proposta de emenda à Constituição (PEC) apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP) visa implementar uma jornada de 36 horas semanais distribuídas em quatro dias, abolindo a escala 6×1.
A proposta já conta com mais de 130 assinaturas, mas precisa de 171 para avançar na Câmara dos Deputados.
O debate sobre a redução da jornada de trabalho reflete uma tendência global, com países como Islândia e Bélgica experimentando semanas de trabalho mais curtas.
No Brasil, a discussão ganha força, impulsionada por movimentos sociais e parlamentares, sinalizando uma possível reconfiguração das relações laborais no país.