
A sessão desta segunda-feira (11) na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) foi reservada para o debate sobre a nova concessão do sistema de transporte coletivo da capital paranaense. Desde integração temporal a climatização dos ônibus, o presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto, apresentou as principais mudanças, investimentos e cronograma previsto.
De acordo com Ogeny, uma das principais mudanças do atual modelo contratual para a nova concessão é a ampliação dos pontos de parada em que é feita a integração temporal. Conforme o presidente da Urbs, ela permitirá a flexibilidade de rotas e a racionalidade de frota, com a criação de cinco linhas e adequações em outras 30.
“É uma liberdade que a pessoa tem de usar o transporte coletivo, […] é uma mudança bastante grande dentro da concessão”, avaliou.
Ele também afirmou durante a sessão que as linhas com mais demanda receberão 41 ônibus adicionais, sendo 13 ônibus biarticulados. O objetivo é que um maior volume na frota resulte em uma diminuição na lotação nos ônibus.
Além disso, o Ogeny defendeu que a aquisição de 245 veículos elétricos ao longo dos primeiros cinco anos da concessão trará ganhos a toda cidade, tanto ambientais, quanto no operacional. “A entrada dos ônibus elétricos se dá gradativamente, a partir de 2027”, declarou.
Frota de ônibus elétricos em Curitiba
De acordo com ele, a nova frota de ônibus elétricos vai circular principalmente nas canaletas, onde é atendida a maior parte dos usuários da rede integrada de transporte de Curitiba. Os veículos serão destinados às linhas:
- Santa Cândida/Capão Raso;
- Ligeirão Norte/Sul;
- Ligeirão Pinheirinho/Carlos Gomes;
- Interbairros I;
- Interbairros II;
- Inter 2;
- Centenário/Rui Barbosa;
- Centenário/Campo Comprido;
- Pinheirinho/Rui Barbosa;
- Circular Sul.
O presidente da Urbs também afirmou que haverá a renovação progressiva de 149 ônibus da frota movida a diesel com modelos Euro 6, que têm redução menor de gases. Em função das mudanças climáticas, o presidente ressaltou que a nova concessão prevê a climatização não apenas nos ônibus elétricos.
Ainda de acordo Ogeny, o modelo projetado também passa a delegar a manutenção das estações-tubo às empresas concessionárias. Atualmente, as obras são licitadas pelo Executivo.
Conforme o presidente, a nova concessão também visa a entrega de 12 novas estações-tubo, de médio e grande porte; a instalação de dois eletropostos públicos; e a implantação de um sistema de contagem não apenas dos embarques, mas também dos desembarques das estações-tubo e terminais.
Datas da nova concessão do transporte público em Curitiba
O cronograma da nova concessão prevê a abertura de uma consulta pública sobre o modelo proposto no mês de setembro. Em outubro, a realização de audiências públicas. O edital deve ser publicado em novembro. O leilão e a assinatura do contrato estão previstos, respectivamente, para os meses de janeiro e junho de 2026.

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