
Curitiba é uma das 12 cidades escolhidas pelo Ministério da Saúde para implantar uma tecnologia de detecção precoce do câncer do colo do útero. O teste de biologia molecular DNA-HPV, desenvolvido com tecnologia 100% nacional, chega ao Sistema Único de Saúde (SUS) para rastrear o vírus HPV antes mesmo que lesões apareçam.
O lançamento da novidade aconteceu nesta sexta-feira (15) na Unidade de Saúde Bairro Novo, localizada no Sítio Cercado. A escolha não foi por acaso: a região abriga aproximadamente 3.500 mulheres na faixa etária entre 25 e 64 anos, justamente o público-alvo para o rastreamento deste tipo de câncer.
A solenidade contou com a presença da secretária municipal da Saúde, Tatiane Filipak, que recebeu o presidente da Fiocruz, Mário Moreira, e o diretor-presidente do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), Pedro Barbosa. Vale destacar que o IBMP, sediado em Curitiba, foi o responsável pela criação da tecnologia inovadora que agora caminha para ser incorporada definitivamente ao SUS.
Câncer de colo de útero é uma das principais causas de morte em mulheres
A secretária ressaltou um dado preocupante: o câncer de colo de útero atualmente ocupa o terceiro lugar entre as principais causas de morte em mulheres no país. “É fundamental intensificar os esforços junto à nossa população feminina, pois essa doença é prevenível, evitável e curável. A possibilidade de realizar o teste agiliza o diagnóstico, permitindo alcançar a população e desempenhar nosso papel de prevenção”, reforçou Filipak.
Para iniciar o projeto, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) recebeu 300 kits de coleta com a nova tecnologia. Nas próximas semanas serão entregues mais 3,2 mil. Inicialmente, as amostras coletadas serão processadas no Laboratório Central do Estado (Lacen).
Além de Curitiba, participam do projeto-piloto os estados de Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Bahia, Pará, Rondônia, Goiás, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal.
Como funciona o teste DNA-HPV
O grande diferencial do teste DNA-HPV está na capacidade de detectar 14 genótipos do papilomavírus humano, identificando a presença do vírus antes mesmo que qualquer lesão se manifeste, inclusive em mulheres que não apresentam sintomas.
Com maior sensibilidade diagnóstica, o teste permite reduzir exames e intervenções desnecessárias, além de ampliar o intervalo entre as coletas quando o resultado é negativo. Outro benefício importante é a possibilidade de levar o rastreamento de alta qualidade para mulheres em áreas remotas ou com menor acesso a serviços de saúde.

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