
O mercado de apostas esportivas continua em forte expansão no Brasil. Em apenas sete meses, a arrecadação do setor já superou a registrada em áreas como educação e varejo, de acordo com levantamento divulgado pela Veja . O avanço reforça a relevância das plataformas digitais no cenário econômico, mesmo em meio a discussões regulatórias e sobre os impactos sociais da atividade.
Entre os eventos esportivos mais procurados no último mês, segundo dados da KTO, partidas internacionais da Copa do Mundo de Clubes da FIFA se destacaram. Jogos como PSG x Botafogo-RJ, Inter Miami x Palmeiras e Bayern München x Boca Juniors concentraram parte significativa do interesse dos usuários, com percentuais de apostas próximos a 1%. Também chamaram atenção os duelos da seleção brasileira nas Eliminatórias da Copa do Mundo, como Equador x Brasil, que alcançou 0,81% do volume registrado.
Segundo sugerem dados da KTO, na maioria dos cassinos online, o futebol lidera as apostas esportivas. No entanto, dados da bet mostram que os eventos de basquete também têm se destacado. O confronto Oklahoma City Thunder x Indiana Pacers superou 2,7% das apostas do período, índice acima da média de outras modalidades. Eventos de UFC, com nomes como Charles Oliveira, além do tênis (Sinner x Alcaraz) e do rúgbi (Bath Rugby x Leicester Tigers), também aparecem no ranking.
No recorte por clubes e seleções, o Flamengo ocupa a primeira posição no cassino online, com 5,05% das apostas e 3,47% de ativos. Em seguida vêm Inter de Milão, Botafogo-RJ, Manchester City e Fluminense, todos com índices superiores a 2% em participação. Esses números mostram a força de marcas tradicionais do futebol, mas também revelam um movimento de diversificação: muitos desses times já investem em e-sports, consolidando presença em ligas digitais que também começam a aparecer entre as opções de apostas.
Apesar do crescimento expressivo, especialistas reforçam a importância do jogo responsável. As apostas não devem ser tratadas como fonte de renda, mas sim como entretenimento, com limites claros para evitar riscos de endividamento ou dependência. Iniciativas de conscientização vêm sendo implementadas por operadores do setor, que incluem ferramentas de autolimite e canais de apoio a usuários.